sábado, 6 de abril de 2013

esperança

E lá está o olhar mais profundo impregnado em seus olhos depois de tanto tempo. A angústia de ser o que não poderia ser. De levar a vida como ela não poderia ser levada. De não fazer gosto aos que conviveram desde o nascimento. E chora levemente no canto de seu quarto, no escuro, com os braços em volta das pernas. Sem esperança, sem saber o que o futuro reserva.
E corre...
Mas agora deita na grama, estira-se num momento de solidão. 
Mas agora o ar venta em seu rosto, voa como a liberdade. E olha para os pássaros que voam sobre sua cabeça, e, nem que seja aquele momento, deixam-no lindo. 
E os pensamentos pediam calma, tranquilidade. 
Ah, a calmaria... 
O choro de esperança pode tomar o lugar do choro de desespero agora.
As lágrimas caem sobre a terra gramada, as mãos pousam sobre ela.
Um sorriso? Acho que vi...
Só o falta agora desistir da faca pressionada contra os pulsos

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