quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

o cadeado

Me entrego preso entre as correntes mais fortes e escuras do meu pensamento, num lugar onde nenhum cadeado que as prendesse seria capaz de ser aberto. E pranteio pelo tempo que passou, na esperança de que se abra o cadeado da esperança.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

à imagem de quem possa fazer bem

A tua imagem me atacou
... e me fez sorrir, e me fez bem, e me fez querer ser
Me atacou de uma forma tão assombrosa,
mas de outro modo como nunca achei que desejaria, e eu me encontrei sorrindo
Não era a medusa que me faria pedra, nem a esfinge que me questionaria
Foi um ataque a minha mente, que me fez bem... Era a tua imagem, era a beleza, o sorriso, os olhos, tudo que eu pensei em ver
... e só de ver já me bastou. E eu estive alegre, ao lado do que valia a pena, do que era bom, do que me fazia bem
E te ver assim só trazia melhor esperança...
... de que sempre que eu puder, e quiser, eu posso sorrir.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

despercebido

Eu percebi que a percepção é imperceptível.
Todos somos imperceptíveis.
Somos desgraças de humanos que buscam serem vistos, de alguma forma...
...e dessa forma vamos acabando a mergulhar cada vez mais na percepção de nada
Por que insistir? Por que lutar e machucar quem não queremos?
E esse alguém, machucado, era mais um que só queria ser percebido.
Mas não foi.
Não posso saber mais nada.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

ele, indefinido

Quis se querer, quis se amar antes de amar qualquer outra alma que estivesse presente em sua vida...
Tentou, mas seus olhos foram seus inimigos,
O que via eram ciscos para a sua visão...
Ele não queria tirá-los, mas sabia que eles tinham que sair.
Lutou, era tentação, era perigo,
Era não querer estar querendo estar, não querer ser querendo ser.
Era ele, aquele indefinido que não entende nada do que quer ver...
Muito menos sentir.