Coloca os pés no chão e se lembra do olhar que ficava fixo em si, e chamava para se aproximar, e para sentir mais uma vez. Concentra-se em sentir a pele, sentir o coração bater, sentir os olhos nos olhos e o fôlego se perdendo nos momentos juntos como se não houvesse diferença entre dois que se descobriram dando tão certo, que parecem ter a mesma alma, saída de mães diferentes. E o abraço apertado e inesperado, naquela noite em que tiveram de lembrar que a realidade era maior e tinham que enfrentá-la.
Mas foi a própria realidade, brincalhona com as coisas que a gente sente, que parece querer conspirar, colocar os pensamentos juntos, fazer com que os sorrisos involuntários se tornassem um resultado, aqui e ali, de uma presença que precisava existir, sempre que pudesse. E nesse caso, bem que deveria poder o tempo todo.
Esquece o resto do mundo, enquanto está junto a ele. E sonha em estar de novo, e sorri ao se lembrar do rosto, aquele que faz lembrar que sim, existem pessoas com quem vale a pena estar o tempo todo.
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